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- AS MALHADAS

Até meados do século XX e tal como na sega do feno, do centeio, nas carradas ou nas malhadas, tudo era feito manualmente. Neste caso concreto, eram necessários para malhar, pelo menos oito homens, quatro de cada lado e cada qual utilizando o seu malho (mangualde). Depois do centeio malhado, era levantada a palha com uma forquilha e atada em molhos, que posteriormente eram guardados nos palheiros. O centeio que ficava no chão, era tirado pelas mulheres, com uma vassoura, normalmente feita com ramos de giesta, até ficar limpo. Além disso, era ainda ajoeirado ao vento e só depois transportado em sacos, para as caixas (arcas). Não se pense contudo, que este era um trabalho fácil!... Apesar de não parecer, era tão árduo como a própria sega do feno, ou a segada do centeio.

É que antes da malhada propriamente dita, havia todo um conjunto de afazeres, que não sendo fáceis eram de todo em todo bastante desagradáveis, senão vejamos: A eira, era devidamente varrida, e mais que uma vez. Posteriormente, era recolhida na aldeia e zonas limitrofes, bosta (fezes) do gado, com a qual era barrado o recinto, até agarrar bem. Esperava-se que a dita bosta secasse, e só então, estavam reunidos os requisitos necessários, para dar inicio à malhada propriamente dita. A partir dos anos 60, do mesmo século XX, este método foi-se alterando progressivamente e as malhadas, apesar de continuarem a fazer-se nas eiras, tal como no passado, eram já feitas, com o auxilio de «malhadeiras» (máquinas), que com o decorrer do tempo, se foram tornando mais sofisticadas.

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