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- E DOS SUEVOS E VISIGODOS

A todas as acções levadas a efeito pela romanização, foi dada continuidade pelos cenóbios cristãos, que cimentaram a cultura romana, com a influência germânica que se lhe seguiu, de Suevos e Godos.
O reino Suevo, esteve implantado em toda a Galécia, durante 176 anos, isto é, no periodo compreendido entre 409 e 585, altura em que foi conquistado pelos visigodos. Acresce aqui referir, que as populações da região, passavam praticamente imunes a todas as transformações, relacionadas com problemas de identidade, a tal ponto que os próprios reis vencedores, se intitularam, Reis dos Visigodos e dos Suevos, até à conquista muçulmana, no sécul VIII, a que se sucedeu a reconquista cristã, que havia de conduzir, à criação do Reino de Portugal, no século XII.
É sob esta influência dos povos germanos na zona, e em particular no que aos Suevos diz respeito, que no século V se presume ter sido introduzido na região da Gallecia e por consequência também na zona que hoje é Gralhas, um tipo de arado muito mais possante que o utilizado pelos indígenas, algo semelhante até, ao utilizado pelos lavradores da terra, já nos séculos XIX e XX, e se iniciao gosto de montar nos «burricus», não de forma tão elegante como faziam os cavaleiros romanos, nos seus cavalos, mas de uma forma, muito mais adaptada, quer à rudeza dos montes e montanhas, quer às próprias possibilidades dos residentes.Desse «burricus», ficou o hábito, até há relativamente poucos anos atrás, das deslocações da nossa gente, por montes e vales, feiras e romarias e até no transporte de todo o tipo de cargas, que íam desde o simples «molho» do milho, até ao transporte de carvão, ou dos «odres» com vinho, que muita gente da terra, adquiria nas proximidades de Chaves.
Com a chegada dos Suevos e como já foi dito, radica-se de novo o comunitarismo na nossa terra. É que ao contrário dos romanos, exímios defensores da propriedade privada, os germanos valorizavam sobretudo a propriedade colectiva, donde resultou o sistema de vida comunitária, que ainda hoje mantém alguns dos seus traços característicos, na nossa comunidade.
(Extracto do livro "Gralhas-Minha Terra, Minha Gente)

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